Cinema é imaginário, é política, é troca coletiva e está sendo re-apropriado pelas pessoas. Ao longo dos anos o cinema foi se distanciando de seu papel transgressor e se tornando uma ferramenta de manipulação do imaginário coletivo. Além de sua "existência mercadológica" excludente, que desqualifica a produção de baixo orçamento e reduz o acesso à aqueles que tem condição financeira de pagar para assistir as sessões, na lógica de "multiplex" de shoppings. No Fora do Eixo entendemos o Multiplex do Precariado, a inversão da lógica do mercado convencional. É o audiovisual fora das salas, são os cineclubes se conectando em rede, é o compartilhamento de conteúdos livres, a realização de circuitos integrados de exibições não comerciais e muitas, muitas piras audiovisuais.